O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Marcio Macedo, PT, entende que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, tem Governo “bom” e saúde pessoal “suficiente” para disputar uma reeleição.                                          

Marcio Macedo defendeu estes pontos de vista em entrevista exclusiva à Coluna Aparte, na última sexta-feira, 14, de passagem por Sergipe, durante evento na cidade de Estância.

“Nós estamos defendendo que Lula vá à eleição, porque é muito importante ele concluir a obra, fechar esse ciclo de entregas, fazer a defesa da democracia e consolidar um país longe do fascismo”, disse Macedo.

“Se o Brasil fosse um paciente fazendo hoje um check-up, os números seriam excelentes. Estaria com a saúde estável: maior PIB da última década - 3,4% -, maior investimento público e privado da história e salário mínimo reajustado acima da inflação”, reforçou.

No aspecto político, Marcio Macedo sustenta a tese de que os perigos advindos de uma direita ameaçadora ainda pairam no ar da democracia. “O que está nos altos (da denúncia da PGE contra Bolsonaro) diz que o Brasil estava sendo governado por um ajuntamento de delinquentes que tramaram um golpe de Estado com requintes de crueldade, com o previsão de assassinato do presidente eleito, do vice-presidente eleito e do ministro da Suprema Corte”, diz. Veja a seguir o teor da Conversa de Márcio Macedo com Aparte. 

Aparte - Estamos chegando a 2026 e como é que deve ser encarada a sucessão presidencial? Qual é a saída do PT? Lula vai à reeleição? 

Marcio Macedo - Ele vai à reeleição. Nós estamos defendendo que Lula vá à eleição, porque é muito importante ele concluir a obra, fechar esse ciclo de entregas, fazer a defesa da democracia e consolidar um país longe do fascismo. Lula é muito importante para a defesa da democracia brasileira - e é preciso que ele conclua esse ciclo. 

Aparte - Mas Lula está com estofo para isso? 

MM - Sim. Ele está com a saúde boa, está com muita disposição e trabalha muito. O governo de Lula está fazendo entregas espetaculares. Algumas já chegaram na população. Outras ainda não, e precisam chegar. Lula está com disposição para rodar o Brasil. Disposição de fazer esse debate político com a sociedade brasileira. Então, reúne as condições naturais para poder ir para a reeleição, que é um direito constitucional dele. 

Aparte - O senhor quer dizer que o governo dele tem consistência para encarar a direita no processo da reeleição?

MM -  Se o Brasil fosse um paciente fazendo hoje um check-up, os números seriam excelentes. Estaria com a saúde estável: maior PIB da última década - 3,4% -, maior investimento público e privado da história, salário mínimo reajustado acima da inflação, inflação controlada, recuperação da imagem do país internacionalmente. E mais: o maior investimento, como mencionei, tanto público quanto privado. Você pode observar isso no setor do aço, no agronegócio e na indústria automobilística. Então, o Brasil hoje é um país que tem saúde financeira, equilíbrio fiscal e recuperação plena dos seus programas sociais. A economia está equilibrada e ajustada, com investimentos nos programas sociais. Então, é um governo que, obviamente, tem liga em disputas políticas. Vivemos uma nova quadra mundial, e o Brasil está dentro dela. 

Aparte - Denunciar Bolsonaro semana que vem e, eventualmente, condená-lo não pode gerar um avivamento da direita? 

MM - Não, e ademais isso é uma decisão da justiça. Quem cometeu seus crimes, que pague por eles, e que lhe seja dado o direito da ampla defesa como é feito na democracia, coisa que o Lula não teve. Mas o que está nos altos da denúncia contra o Bolsonaro - eu li a denúncia...

Aparte - O que está nos altos diz o quê? 

MM - O que está nos altos diz que o Brasil estava sendo governado por um ajuntamento de delinquentes que tramaram um golpe de Estado com requintes de crueldade, com o previsão de assassinato do presidente eleito, do vice-presidente eleito e de ministro da Suprema Corte. 

Aparte - E isso não pode passar batido no julgamento? 

MM - Isso é coisa de bandido. Isso tem que ser tratado no rigor da lei. Tem que ser punido quem cometeu os seus crimes. E, obviamente, assegurando-lhe o direito à ampla defesa e à presunção da inocência.

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