Após o encerramento das eleições de outubro, três municípios de Sergipe — Capela, Aquidabã e General Maynard — ainda não têm garantido quem assumirá a administração municipal em 1º de janeiro. Essas cidades aguardam a decisão final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a validade das candidaturas dos candidatos eleitos, o que poderá determinar se novos pleitos serão necessários para decidir seus futuros governantes.


CAPELA


Em Capela, o candidato Junior de Dr. Carlos Milton enfrentou um processo conturbado para validar sua candidatura. Inicialmente, o registro de Junior foi indeferido na primeira instância, mas ele recorreu e obteve uma vitória unânime no Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE/SE), que deferiu sua candidatura. No entanto, o candidato adversário, João Batista, apelou ao TSE, e o relator do caso, ministro Kassio Nunes Marques, solicitou um parecer da Procuradoria Eleitoral. Esse parecer se posicionou contra a candidatura de Junior, recomendando seu indeferimento.


Com isso, o futuro político de Capela está nas mãos do TSE, que, ao analisar os argumentos apresentados, decidirá se Junior de Dr. Carlos Milton estará apto a tomar posse em janeiro.


AQUIDABÃ


Em Aquidabã, Ana Helena de Dr. Mário foi eleita com 61,06% dos votos válidos, conquistando o apoio de 8.651 eleitores. Contudo, sua candidatura foi questionada devido ao seu vínculo familiar com o atual prefeito, que foi reeleito em 2020. Segundo o artigo 14, § 7º da Constituição Federal, parentes próximos do prefeito em exercício são considerados inelegíveis para o mesmo cargo, uma medida que visa evitar a perpetuação de uma mesma família no poder municipal.

Assim, a Procuradoria Eleitoral solicitou que Ana Helena seja impedida de assumir o mandato.


O caso está sob análise do TSE, e, se o tribunal mantiver o entendimento de inelegibilidade, Aquidabã poderá enfrentar uma nova eleição.

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