Justiça Julga Caso Marielle Franco: Ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Queiroz Enfrentam Júri Popular e Pedidos de Pena Máxima
Na manhã desta quarta-feira, em um dos julgamentos mais esperados do Brasil, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz enfrentam o júri popular sob acusação de assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, um crime brutal que chocou o país e gerou repercussão internacional.
Lessa e Queiroz são apontados pela investigação como os responsáveis pelos disparos que ceifaram as vidas de Marielle e Anderson em março de 2018, no Rio de Janeiro. Marielle Franco, uma política defensora dos direitos humanos e militante de causas sociais, teve sua trajetória interrompida violentamente, gerando protestos e levantando uma série de discussões sobre violência política e direitos humanos no Brasil.
Relembre o Caso
Na noite de 14 de março de 2018, Marielle Franco, acompanhada de seu motorista Anderson Gomes, foi emboscada e assassinada a tiros em um crime considerado premeditado. As investigações apontam que o crime teria motivação política, uma vez que Marielle atuava em defesa dos direitos das minorias e fazia críticas frequentes à violência policial e à atuação de milícias no Rio de Janeiro.
Ronnie Lessa, ex-policial militar, é acusado de ser o executor dos disparos que tiraram a vida de Marielle e Anderson, enquanto Élcio Queiroz, também ex-PM, teria atuado como motorista do veículo utilizado na emboscada. Ambos negam envolvimento no caso, mas evidências apontam para a participação deles na execução do crime.
Júri Popular e Penas Máximas
O julgamento ocorre após seis anos de espera e intensa pressão popular e internacional para que os responsáveis pelo assassinato sejam devidamente responsabilizados. O Ministério Público pede a pena máxima de 84 anos de prisão para Lessa e Queiroz, com a justificativa de que a ação foi executada com extrema crueldade e motivação política.
O caso Marielle Franco é emblemático para o país, simbolizando a luta contra a impunidade e o combate à violência política. Entidades de direitos humanos, movimentos sociais e personalidades públicas acompanharão de perto o julgamento, que será um marco para a justiça brasileira, além de representar um passo significativo para a defesa dos direitos humanos no país.