Maria do Carmo Alves, primeira mulher eleita como senadora pelo estado de Sergipe, morreu na noite desde sábado (31/8) aos 83 anos. Ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva do hospital São Lucas, em Aracaju, onde realizava hemodiálise. A ex-senadora lutava contra um câncer no pâncreas com metástases hepáticas. Ela deixa três filhos e netos. 

Natural de Sergipe, Maria nasceu em 23 de agosto de 1941. Ela se formou em direito pela Universidade Federal de Sergipe, em 1966, e fez história na política representando o seu estado. Além de ser a primeira mulher eleita como senadora por Sergipe, também foi a primeira mulher no Senado Federal a cumprir três mandados consecutivos, no Partido Progressistas (PP). 

Durante os anos de trabalho, ela desenvolveu projetos sociais que atenderam milhares de mulheres carentes. "Trabalhei continuamente para enfrentar a violência doméstica contra a mulher e garantir o espaço feminino no mercado de trabalho, na ciência e na política. Acredito que pensar em políticas públicas de gênero é pensar também em desenvolvimento econômico", disse Maria do Carmo ao se despedir do Senado, em dezembro de 2022. 


Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, lamentou a morte da ex-senadora e decretou luto oficial de três dias na Casa, a contar a partir deste sábado. "Sua atuação política foi marcada por sensibilidade social e preocupação com a defesa dos menos favorecidos. Sempre atuou na defesa dos interesses do seu estado e da região Nordeste. A morte da senadora Maria do Carmo entristece a todos que tiveram a honra de conviver com uma mulher de grande força política e capacidade de diálogo", disse. 

O governador de Sergipe, Fábio Mitidieri, também lamentou a morte de Maria do Carmo. "Sergipe está em luto. Hoje, perdemos a presença terrena de Maria do Carmo Nascimento Alves, que é a baluarte das políticas públicas voltadas à assistência social em nosso estado. Maria foi a primeira senadora a conquistar três mandatos e sua participação na gestão de Aracaju e Sergipe como secretária de Inclusão Social se tornou símbolo de empoderamento e de protagonismo feminino em todo o país. Seu olhar técnico e trabalho sensível inspirou e abriu caminhos para as sergipanas na política. Como uma mãe, cuidou, ensinou e viverá para sempre nos corações de todos os sergipanos", escreveu nas redes sociais. 

O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, também a homenageou. "Ao longo da sua trajetória política, Maria sempre lutou pelos aracajuanos e sergipanos, em especial, os mais necessitados. Em seus três mandatos consecutivos como senadora, ela contribuiu de maneira significativa com as cidades, destinando emendas para diversas áreas, inclusive, para a nossa capital, durante as minhas gestões, sendo uma grande parceira", disse ele. 


Edvaldo também prestou solidariedade aos familiares e amigos e decretou luto oficial de três dias: "Toda a minha solidariedade aos amigos e familiares neste momento de profunda dor, em especial aos filhos Ana Maria, João Alves Neto e Maria Cristina, e extensivo a todos os admiradores de Dona Maria. Em respeito, encerramos antecipadamente as nossas atividades políticas e decretarei luto oficial de três dias."

O velório terá início na madrugada deste domingo (1º/9), no Cemitério Colina da Saudade, em Aracaju, onde haverá uma missa de corpo presente às 14h e o sepultamento às 16h

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