A Justiça concedeu liberdade provisória para a técnica de enfermagem Lídia Santos Fontes, de 37 anos, suspeita de ocultar o corpo do marido em uma geladeira por aproximadamente sete anos. Segundo a advogada Katiuscia Barbosa, Lídia Fontes deve sair do Presídio Feminino (Prefem), localizado em Nossa Senhora do Socorro, ainda na tarde desta segunda-feira, 19.

Lídia foi transferida para o Prefem no dia 2 de fevereiro após passar alguns meses no Hospital de Custódia. A transferência ocorreu por determinação judicial após parecer médico que indicou que a técnica de enfermagem teria condições de estar em uma unidade prisional.

Após ir para o presídio, a defesa de Lídia entrou com um pedido para revogar a prisão, que foi atendido pela Justiça. “Além de ser ré primária e não possuir antecedentes criminais, Lídia não oferece risco à sociedade, nem ao andamento do processo”, destaca a advogada.

Relembre o caso

Um corpo em estado de decomposição foi encontrado no dia 20 de setembro de 2023 dentro de uma mala que estava em uma geladeira de um apartamento localizado no bairro Suíssa, em Aracaju. O corpo foi encontrado por oficiais de justiça durante cumprimento de uma ordem de despejo.

Pela manhã, antes de o corpo ser encontrado, a mulher moradora do apartamento foi localizada – pelos oficiais de justiça e por policiais militares – desacordada com indícios de tentativa de suicídio. Ela foi socorrida pelo Samu e pelo Corpo de Bombeiros e levada para o Hospital Nestor Piva. Uma menina de quatro anos estava no local e foi levada pelo Conselho Tutelar.

A mulher foi levada ao DHPP, onde confessou o crime de ocultação de cadáver e disse que o homem estava armazenado na geladeira desde 2016. Ela negou que matou a vítima, mas confessou que teria saído para trabalhar e, no retorno, encontrado o homem morto. A mulher disse ainda que, por medo, guardou o corpo na geladeira.

A técnica de enfermagem foi indiciada por ocultação de cadáver e maus-tratos contra pessoa menor de 14 anos. Segundo investigações do Instituto Médico Legal, o corpo era de jornalista e advogado Celso Adão, ele morreu vítima  de traumatismo craniano em decorrência de uma queda.

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